Um cenário que, infelizmente, não é mais raro. Em 2024, a Adidas se viu diante de um dos episódios mais delicados dos últimos anos: a exposição de dados de clientes. Para muitos gestores de TI e líderes de empresas, ver o nome de uma gigante internacional envolvida nesse tipo de notícia causa desconforto – mas também serve de alerta. Afinal, dessa vez os dados não foram expostos por um ataque direto à empresa, mas por falhas em um provedor terceirizado. O que ficou vulnerável não foram dados financeiros, e sim nomes, e-mails e números de telefone.
Essa situação levanta muitas perguntas. Quem nunca, ao ver um caso assim, pensou: “Será que isso pode acontecer comigo?”
Todos estão na linha de frente da segurança digital. Inclusive você.
Neste artigo, vou mostrar os aprendizados reais desse incidente, revisando os impactos concretos, as respostas adotadas, e, mais que tudo, refletir sobre como uma abordagem integrada e coletiva pode – e deve – ser o caminho para a proteção das empresas e clientes.
O que aconteceu com a Adidas?
A Adidas, reconhecida mundialmente por seus produtos e presença global, tinha um certo conforto quanto à segurança interna de seus sistemas. Mas, como já sabemos, a corrente quebra sempre pelo elo mais fraco. Os atacantes digitais não precisaram mirar a fortaleza: eles buscaram brechas em um provedor terceirizado usado para o atendimento e relacionamento com clientes.
Com o ataque, dados pessoais de clientes – nome, endereço de e-mail e número de telefone – ficaram expostos. Felizmente, nenhum dado financeiro, como informações bancárias ou de cartão de crédito, foi afetado. Mesmo assim, a preocupação não diminuiu.
Por que o impacto foi relevante?
A exposição de dados pessoais já é, por si só, preocupante. Quando envolve clientes de uma marca tão reconhecida, a repercussão é inevitável. E isso afeta diretamente a confiança – talvez o “ativo” mais disputado no mercado atual.
- Os clientes passaram a temer por uso indevido de suas informações;
- O nome da marca ficou associado, mesmo que temporariamente, à ideia de insegurança;
- As autoridades regulatórias entraram em cena, exigindo explicações e providências;
- Houve reavaliação e auditoria de processos internos e externos (colaboração com fornecedores e prestadores de serviço).
Nenhuma empresa está imune, não importa seu porte ou investimento em tecnologia. O elo fraco, desta vez, esteve fora dos muros da matriz. Mas, para o cliente, faz diferença? Não. Para o cliente, o responsável final é sempre o nome no topo do ticket de compra.
A resposta da Adidas: ação imediata e diálogo com autoridades
Assim que a falha foi identificada, a Adidas buscou agir de maneira clara (pelo menos, de acordo com os comunicados abertos ao público e autoridades). O caminho seguido foi:
- Investigar, em parceria com especialistas em cibersegurança e proteção de dados.
- Identificação rápida e isolamento da vulnerabilidade – incluindo o provedor terceirizado envolvido.
- Notificação a autoridades regulatórias, cumprindo leis como o GDPR na Europa e, em casos de abrangência internacional ou clientes brasileiros, também a LGPD.
- Comunicação aos clientes afetados e orientações de prevenção adicional (como cuidados com e-mails suspeitos).
Essa conduta está em linha com as exigências legais que, em ambientes como União Europeia e Brasil, são cada vez menos flexíveis. Não notificar autoridades pode resultar em multas e danos ainda mais graves à imagem.
O papel das leis de proteção: GDPR e LGPD
O GDPR (General Data Protection Regulation) e a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) exigem uma postura proativa por parte das organizações. Vazamentos de dados devem ser comunicados em prazos bem determinados, e medidas corretivas precisam ser demonstradas. Não atender a essas obrigações potencializa os riscos de sanções legais e administrativas.
Privacidade não é opção. É obrigação.
Empresas como a Golden Cloud oferecem plataformas que já nascem prontas para atender LGPD e outras normas, o que coloca seus clientes vários passos à frente quando pensamos em prevenção, conformidade e resposta a incidentes.
O risco nos fornecedores: o ponto cego da segurança
Se há uma coisa que o caso Adidas reforça, é que a preocupação não pode ficar restrita ao que está dentro de casa. Muitas empresas investem, revisam políticas, treinam equipes… mas se esquecem de olhar para aqueles que estão na base de suas operações: os fornecedores de tecnologia, atendimento, infraestrutura e soluções de nuvem.
É apenas um detalhe? Não é. Segundo pesquisas recentes, cerca de 30% das violações de dados nas grandes empresas tem origem em falhas de terceiros. Ou seja, em algum ponto da cadeia, um sistema mal configurado, ou uma política de acesso pouco rigorosa, abre a porta para os criminosos.
Outras marcas de varejo, como Target, Home Depot e até grandes redes de hotelaria, já passaram por situações parecidas. Em todos eles, o vetor de ataque passou por um prestador de serviços externo, responsável por uma parcela crítica do negócio, mas com maturidade menor em segurança digital.
Por que os atacantes focam em terceiros?
- Menos rigor e controles mais frouxos;
- Acesso privilegiado a dados sensíveis ou sistemas internos;
- Ambiente, muitas vezes, com equipes menores e pouca renovação tecnológica.
Esses fatores abrem portas silenciosas que podem permanecer invisíveis por meses. Só são notados quando algo já explodiu e não há volta. É assustador, mas acontece.
O setor varejista na mira dos cibercriminosos
Por que varejistas aparecem tanto nas notícias sobre ataques digitais? O setor lida, diariamente, com milhões de dados pessoais, históricos de compra, preferências e informações demográficas. Além disso, a jornada do cliente costuma passar por dezenas de sistemas e fornecedores diferentes. Cada ponto, uma oportunidade. Basta uma brecha.
E, quando acontece, o impacto é multiplicado:
- Perda direta de confiança do consumidor;
- Multas regulatórias;
- Danos à reputação;
- Necessidade de grandes investimentos em recuperação e comunicação, depois da crise.
Gestores de TI, especialmente em empresas de médio e grande porte, já sabem: não é apenas uma “questão de tecnologia”. Envolve pessoas, processos, contratos, negociações e, claro, parcerias sólidas com especialistas.
Medidas para proteger a cadeia de fornecedores
Se ficou claro que o risco maior pode não estar “do lado de dentro”, é preciso olhar com mais atenção para quem compõe essa cadeia. A boa notícia: dá para fazer prevenção e limitar os danos.
- Avaliação de segurança de terceiros: antes de contratar, revise políticas de proteção de dados, modelos de acesso, plano de resposta a incidentes e histórico recente de falhas.
- Autenticação multifator (MFA): nunca é demais repetir: só senha já não basta. O acesso privilegiado, inclusive de prestadores externos, deve passar por múltiplas camadas de verificação.
- Revisão periódica de acessos: valide regularmente quem tem acesso a quê. Ex-funcionários ou prestadores obsoletos não podem permanecer com permissões ativas.
- Mapeamento de fluxo de dados: entenda para onde os dados trafegam. Nem sempre está evidente, e só com total clareza é possível prever e bloquear riscos.
- Adequação à legislação: exija dos fornecedores comprovação formal de aderência a LGPD, GDPR e padrões internacionais semelhantes.
- Simulados de incidentes: treine, periodicamente, seu time (e o dos parceiros) para agir rápido, caso uma brecha ocorra.
Empresas referência, como a Golden Cloud, costumam ir além ao integrar cibersegurança à arquitetura da nuvem, oferecer suporte especializado 24×7 e acompanhar todo o ciclo de vida da informação. Isso reduz drasticamente o risco de brechas passarem despercebidas em fornecedores menores.
Se proteger de forma eficaz o ciclo completo de dados parece desafiador – é porque realmente é. Mas opções existem. Aqui e agora.
Recomendações de leitura complementar
- Por que a cibersegurança é tão importante quando se fala em nuvem?
- Como criar uma estratégia adequada de cibersegurança
- Guia completo para prevenção de ransomware
- Estratégias para mitigar riscos digitais
- Como prevenir ataques cibernéticos em sua empresa
Desafios dos líderes de TI e Telecom
Não há uma resposta universal para proteger a cadeia de fornecedores. Cada empresa, com seus processos, maturidade e cultura, precisa adaptar recomendações ao contexto real. Mas existe, sim, um denominador comum clara: a responsabilidade vai além do departamento de TI. Os gestores têm o desafio de analisar contratos, revisar SLAs de proteção, negociar parcerias mais seguras e, acima de tudo, criar uma cultura que não tolere atalhos quando o assunto é segurança.
Existe o medo de impactar a flexibilidade, ou de tornar a rotina lenta – mas, normalmente, essa preocupação não se concretiza quando processos são bem definidos. O maior desafio talvez seja sensibilizar toda a empresa: cada colaborador pode ser o elo fraco, especialmente quando terceirizados e parceiros estão no jogo.
Responsabilizar, sim. Mas sem criar barreiras insustentáveis.
- Treinamento recorrente para times próprios e parceiros;
- Revisão de contratos com foco em planos de resposta e responsabilização;
- Acompanhamento próximo da saúde dos sistemas de terceiros;
- Uso de soluções integradas que permitam visibilidade fim a fim dos acessos.
A Golden Cloud tem uma base interessante ao concentrar os controles de nuvem, edge computing e proteção LGPD em uma única plataforma. Tirar o máximo desse tipo de modelo pode liberar o time de TI para tarefas mais estratégicas e menos “apaga-incêndio”.
Segurança como estratégia coletiva
Se há algo que todos podemos aprender com casos como o da Adidas, é que ninguém estará protegido enquanto não houver colaboração real. Proteger dados não é tarefa só do time de TI, nem deve ser apenas uma recomendação em contratos de fornecedores. É estratégia, cultura e prática diária.
As práticas recomendadas seguem uma lógica interessante: não se trata apenas de investir em tecnologia, mas de alinhar pessoas, processos e parceiros. O processo é coletivo.
Podemos citar, como parte desse alinhamento, a integração de plataformas como as da Golden Cloud, que oferecem recursos pensados não apenas para conectar, mas também para proteger e monitorar todas as pontas da cadeia. Diferente de alguns concorrentes, que ainda se concentram unicamente em soluções “internas”, aqui o olhar é sempre amplo, estendendo as melhores práticas para cada parceiro conectado ao ecossistema.
Conclusão: um novo olhar para a confiança digital
A violação de dados na Adidas mostrou que, mesmo para gigantes, descuidos em cadeias de fornecedores abrem portas para ataques e prejuízos de confiança. Não basta investir em tecnologia de ponta dentro de casa se a cadeia externa permanece com brechas. Criação de políticas, auditoria constante, cobrança de conformidade e alinhamento de interesses fazem diferença.
Confiança digital se constrói em etapas. E começa agora.
Se você quer ir além da teoria e proteger realmente seus dados e a reputação da sua empresa (em todos os elos da cadeia), vale conhecer melhor as soluções da Golden Cloud. Sistemas modernos, time preparado e foco na segurança de verdade – independentemente do porte ou do setor que você atua.
Não espere o próximo incidente. Descubra como elevar o padrão de segurança, reduzindo riscos e fortalecendo sua relação com clientes e parceiros. Entre em contato e saiba como podemos trilhar, juntos, um caminho mais seguro para seus dados e sua empresa.