Em um mundo em que bancos e empresas de todos os setores têm pressa, o Bradesco parece ter encontrado uma trilha vibrante no uso de inteligência artificial. Não foi do dia para a noite, e nem mesmo precisa ser uma história de ficção científica para parecer surpreendente.
Talvez o que mais chame atenção nessa jornada seja o nascimento da BIA Tech, uma plataforma criada em parceria com a Microsoft, que já funciona como uma espécie de copiloto no cotidiano de mais de 2 mil desenvolvedores do banco. E os números? Falam sozinhos: com até 226 mil interações mensais e uma redução de até 40% no tempo de escrita de código, não é difícil entender como a transformação não está só no discurso.
O início – por que investir em IA?
Houve um tempo em que falar de IA no setor financeiro causava estranheza, um certo pé atrás. Afinal, bancos sempre foram conhecidos pela cautela. Mas o cenário mudou rápido. A pressão competitiva fez surgir perguntas urgentes: Como acelerar entregas sem perder qualidade? Como manter a segurança dos dados? Como garantir que equipes de tecnologia e negócios andem juntas?
Foi nesse clima de busca por respostas que o Bradesco começou a olhar para a IA não só como uma promessa futurista, mas sim como ferramenta concreta – um diferencial capaz de transformar tudo, da gestão ao relacionamento com clientes. É um cenário que vimos crescer em muitos clientes da Golden Cloud, por exemplo, especialmente naqueles que enfrentavam dificuldades crônicas com sistemas lentos ou pouco integrados.
A IA deixou de ser promessa e virou parte da rotina.
BIA Tech: um copiloto para desenvolvedores
Imagine um copiloto capaz de sugerir linhas de código inteiras, explicar funções e identificar possíveis bugs bem antes de eles travarem o deploy. Isso já não é invenção: essa é a realidade trazida pela BIA Tech, a plataforma interna desenvolvida pelo Bradesco junto à Microsoft. Inspirada nos avanços do Copilot do GitHub, mas customizada para os padrões e desafios do banco, ela virou praticamente uma parceira dos desenvolvedores.
Com IA generativa baseada nos conjuntos mais avançados de LLMs (Large Language Models), a BIA Tech acelera atividades corriqueiras de programação, otimiza revisões e até facilita processos de migração que, até bem pouco tempo atrás, pareciam intermináveis.
- Interações mensais: mais de 226 mil
- Tempo poupado na escrita de código: até 40%
- Desenvolvedores com acesso: cerca de 2 mil
Nelson Borges, superintendente executivo do Bradesco e líder do time de Engenharia, já deixou claro: a diferença não está só nos números, mas também na qualidade do que se faz no dia a dia.
Ganhamos tempo para pensar, criar e propor soluções que não sairiam do papel se estivéssemos presos à burocracia do básico.
E não só ele pensa assim. Muitas equipes relatam maior motivação e capacidade de focar em inovações que, até então, eram vistas como projetos de prateleira.
O impacto na cultura e nos processos
Algumas pessoas pensam que implementar IA basta apertar um botão e esperar milagres. Quem já vivenciou algo parecido sabe que não é bem assim. No Bradesco, a integração da IA com as ferramentas já existentes foi um exercício real de mudança de mentalidade. O banco já tinha uma cultura ágil, equipes multifuncionais e processos colaborativos entre negócios e tecnologia, o que facilitou – mas não eliminou obstáculos.
Houve receio, claro. Mudar nunca é tão natural quanto os livros dizem. Os times foram treinados, aprenderam a ver a IA como complementar, não como ameaça. E aos poucos, ficou evidente que a BIA Tech poderia até reduzir gargalos entre as áreas.
Hoje, a IA está integrada a reuniões diárias, revisões de código, estimativas e planejamento, aumentando a fluidez das entregas. O resultado? Uma aproximação rara entre as necessidades do negócio e as respostas da tecnologia – algo que a Golden Cloud sempre defende para seus próprios clientes ao apoiar projetos de transformação digital na nuvem.
Resultados concretos: menos tempo, mais inovação
Da teoria para os fatos: 40% a menos de tempo na produção de código. Mas o que isso realmente representa na prática?
Pense em equipes que antes gastavam metade do tempo revisando scripts. Ou squads dedicados a infraestrutura que, antes, passavam noites tentando migrar bancos de dados inteiros. Hoje, tanto a codificação quanto a migração acontecem quase em tempo real, com apoio constante do copiloto baseado em IA.
Somam-se as mais de 2 mil pessoas já utilizando a plataforma, gerando até 226 mil interações por mês. Em cada ciclo, menos retrabalho. Mais espaço para testar hipóteses, criar experiências novas e, sim, inovar.
Claro, não existe caminhos sem tropeços. Nem tudo funcionou de primeira. Mas, no saldo final, equipes relatam ganho real em sentimento de pertencimento e autonomia.
Migração e modernização mais leves
O Bradesco sabe que não basta gerar código. Precisa transformar sistemas inteiros, quase em movimento. E aqui também a BIA Tech mostrou valor.
Na última grande migração, a plataforma auxiliou desde o diagnóstico dos sistemas até a recomposição automática de trechos de código nas novas linguagens. Não são poucos os relatos internos de processos que levariam semanas e foram finalizados em dias. Diminuiu-se drasticamente o risco de erros, porque a IA consegue apontar – na hora – inconsistências e lacunas.
Esse tipo de resultado é o motivo pelo qual cada vez mais empresas nos procuram na Golden Cloud, buscando suporte para a jornada de modernização baseada em nuvem, edge computing de verdade e governança aprimorada. Projetos robustos como o do Bradesco estão mostrando na prática aquilo que já destacamos em nossos artigos sobre transformação com IA e Big Data: o futuro já começou.
Adoção em larga escala e colaboração ágil
Um detalhe curioso: a adoção massiva da BIA Tech nunca foi “ordenada” de cima para baixo. A plataforma foi sendo testada em diferentes times, coletando feedback e ampliando o alcance conforme a demanda. Isso garantiu maior aceitação e um clima de colaboração real – muito além dos manuais de gestão.
Hoje, qualquer desenvolvedor pode, de fato, interagir, sugerir novos recursos e participar da evolução da ferramenta. O senso de comunidade cresceu. Não é raro ver times de negócios propondo adaptações para resolver desafios do lado comercial, ou squads de tecnologia pensando juntos em soluções para áreas pouco atendidas antes.
Por que o “Copiloto” faz sentido?
- Sugere código, mas também explica, ensina e corrige.
- Reduz o tempo perdido em revisões e debug.
- Ajuda na documentação dos sistemas.
- Funciona 24×7 – sempre acessível, sempre pronta.
Esse é o tipo de integração que diferencia iniciativas bem-sucedidas de projetos que morrem na gaveta. É também o tipo de uso que defendemos nos projetos de IA generativa para negócios da Golden Cloud, conforme discutimos na análise sobre o impacto real da IA nos negócios (IA generativa nos negócios).
Visão de futuro: IA multiagentes para desafios reais
Joana Moura, head de Tecnologia do Bradesco, já deixou claro que a expectativa é avançar além de um simples copiloto. O objetivo passa a ser construir um verdadeiro “ecossistema de multiagentes de IA”, cada um focado em problemas específicos dentro das áreas de negócio.
É um movimento audacioso, talvez, mas necessário. Imagine pequenas IAs especializadas em compliance dentro dos squads jurídicos, agentes automáticos para conciliação financeira, ou mesmo assistentes que apoiem times de RH na triagem de currículos. O futuro, no fundo, parece ser esse: IAs desenhadas para atuar como especialistas digitais, lado a lado com humanos.
Ao falar de multiagentes, não estamos mais falando apenas de automação. Estamos diante de um cenário onde IA participa de diálogos complexos, antecipa necessidades e sugere caminhos não óbvios – algo que também temos visto crescer em aplicações de nossos serviços, especialmente em consultas para consultoria em inteligência artificial dedicada.
No futuro, cada área poderá ter sua própria IA resolvendo problemas reais.
Governança e segurança: não há IA confiável sem isso
Mas é bom lembrar que todo esse avanço vem acompanhado de uma preocupação constante: governança e segurança. O Bradesco, como qualquer grande banco, precisa garantir que os dados de clientes estejam protegidos, que acessos sejam rastreados e que nenhuma IA saia dos trilhos. Nelson Borges já afirmou, em entrevistas, que a implementação da IA no Bradesco só avança porque há um arcabouço sério de governança, riscos e controles.
Temas como LGPD, segurança de endpoints e proteção de usuários ganham mais destaque ainda. A IA da BIA Tech é treinada de forma rigorosa para limitar riscos e impedir usos indevidos. Não por acaso, empresas como Golden Cloud vêm ampliando suas ofertas de soluções para simplificação e segurança de dados corporativos, incluindo monitoramento contínuo, domínio em cibersegurança e conformidade.
Esse tipo de vigilância não só protege o negócio, mas garante tranquilidade e cria um ambiente onde inovação pode florescer – sem medo dos imprevistos que rondam quem descuida da governança.
Diversidade e inclusão: IA como ferramenta social
Dá pra imaginar que a inteligência artificial vai além da técnica – tem papel social, inclusive na promoção da diversidade. Joana Moura frequentemente aponta que uma IA treinada com bons dados e boas práticas tende a reproduzir menos preconceitos, além de democratizar o acesso ao conhecimento.
No cotidiano do Bradesco, isso aparece de maneiras simples, mas impactantes: desde a revisão de currículos de modo menos enviesado até o auxílio na criação de interfaces mais acessíveis para deficientes visuais. Pequenos gestos, grandes mudanças.
A IA pode ajudar a incluir quem antes era invisível.
Muitas vezes, na Golden Cloud, ouvimos gestores de TI preocupados com o risco de enviesamento. A lição do Bradesco reforça o que defendemos: boas políticas de dados e testes constantes são caminhos para que a transformação digital não exclua, mas, sim, some.
Próximos passos: para onde o Bradesco quer ir?
A expectativa interna no Bradesco é clara: expandir rapidamente a atuação da BIA Tech, incluir novos agentes inteligentes e explorar, cada vez mais, o potencial dos modelos generativos. Além das centenas de desenvolvedores, há planos de liberar o copiloto para outras áreas – especialistas em negócios, equipes de operações, analistas.
Outras iniciativas já estão no radar, envolvendo integração do copiloto IA a chatbots, plataformas omnichannel e sistemas de compliance. O objetivo é simples, mas ambicioso: dar autonomia e poder de decisão para times, liberando as pessoas das tarefas repetitivas.
Por aqui, costumamos dizer que esse tipo de transformação é “contagiante”. Quem começa a vivenciar o impacto real de IA e nuvem, quer mais – como mostramos também ao discutir automação inteligente no futuro das operações empresariais.
Olhando além: aprendizados para outras empresas
A história do Bradesco inspira, mas também oferece lições para quem ainda está dando os primeiros passos. Nenhuma transformação se faz sem algum receio, sem dúvida ou tropeço. Mas tempos de mudança pedem ação, coragem e, acima de tudo, parceiros que entendam o jogo.
A Golden Cloud vem conectando empresas a projetos de IA e nuvem capazes de tornar o impossível mais próximo. Com ofertas que vão desde arquitetura Edge Computing até cibersegurança sob medida, buscamos ser o elo entre o agora e o amanhã. Seja você gestor de TI, líder de squads ou executivo buscando novas rotas, a transformação digital pede ousadia, sim, mas também pede solidez – e isso só quem tem experiência pode oferecer.
Se sua empresa vive desafios semelhantes, não espere a próxima onda passar. Conheça nossos produtos e soluções e veja como acelerar a transformação com inteligência, segurança e governança. O Bradesco está mostrando que é possível.