Gestão de pessoas é coisa séria; se mal feito, pode levar a uma série de situações mal compreendidas no local de trabalho, bem como atrasos, perda de produtividade e aumento do atrito. O bom andamento das operações diárias e o bom relacionamento entre os funcionários dependem da estrutura organizacional. Ela varia de acordo com o tamanho do seu negócio, o número de funcionários e o ambiente do serviço – se formal ou informal. Falaremos um pouco mais sobre o assunto a seguir, focando em dois estilos de gestão distintos: horizontal e vertical. Confira!
Entenda o que é gestão vertical
Referimo-nos ao tipo de gestão mais frequente como a gestão vertical, em que a organização é feita de forma hierárquica com uma cadeia de comando claramente definida. Nesse caso, a autoridade é distribuída uniformemente: a presidência está no topo da pirâmide e, abaixo dela, várias áreas subordinadas.
Salário, deveres e responsabilidades foram todos claramente definidos e uma decisão está sendo tomada de cima. Nesse caso, os colegas de trabalho obedecem a ordens específicas dos superiores.
Apesar de ser um tanto tradicional, o que pode não funcionar para empresas muito modernas ou de pequeno porte, ela apresenta uma série de vantagens. A primeira, obviamente, é a facilidade com que as tarefas podem ser organizadas e o cronograma seguido. Cada departamento da empresa é gerido de forma rigorosa por um grupo de pessoas hierarquicamente organizado.
Mas há alguns pontos negativos que têm sido levantados por quem quer aumentar a produtividade. A primeira decorre do fato de que quando ordens e decisões são feitas de cima, os funcionários sentem que sua liberdade está sendo restringida e, principalmente se forem criativos, podem se sentir alienados do ambiente de trabalho.
Da mesma forma, podem ter dificuldade em entender como sua área de responsabilidade se relaciona com as demais áreas da empresa. Com isso, formar as equipes, caso seja necessário, pode ser extremamente difícil.
Finalmente, podemos mencionar a dificuldade em manter todos “na mesma página”. Quando as áreas são divididas de forma tão acentuada, os colaboradores de primeiro nível podem perceber mudanças significativas nas ordens de cima para baixo, o que pode resultar em infelicidade e comportamento completamente não intencional.
A comunicação das gestões verticais deve ser impecável, se não, podem ocorrer erros.
A gestão horizontal
Como o nome indica, trata-se de um tipo de gestão que foge do usual. Nesse caso, a empresa possui uma estrutura organizacional menos hierárquica, permitindo que seus funcionários exerçam maior autonomia e assumam maior responsabilidade.
Embora se tenha verificado um aumento do volume de trabalho, dado que os colaboradores estão diariamente envolvidos em atividades mais complexas, a gestão horizontal tem-se revelado uma boa ideia para quem pretende fomentar o sentimento de pertença e proximidade entre colaboradores e seus locais de trabalho.
Nesse tipo de gestão, que é utilizada por grandes empresas como a Netflix – mas que funciona ainda melhor em pequenas empresas – as decisões são tomadas coletivamente e há mais liberdade para discussão, debate e desenvolvimento de soluções a partir do diálogo e dos pontos de vista de outras pessoas.
É um paradigma útil para reduzir o ruído da comunicação, pois é criado de forma colaborativa e a hierarquia não passa mais dos superiores para os inferiores.
A facilidade de comunicação, a liberdade de agir de acordo com sua área de competência e a tranquilidade na troca de informações com os colegas de trabalho tornam o ambiente mais informal, o que pode aumentar a motivação e a produtividade.
O crescimento de uma empresa com gestão horizontal
Se uma organização cresce exponencialmente, pode ser difícil ouvir as opiniões de todos e manter uma gestão eficaz. Diante de um crescimento significativo, é preciso fortalecer o papel de cada indivíduo dentro do todo e restringir algumas tomadas de decisão aos gestores ou responsáveis por projetos particulares.
Para apostar no modelo horizontal, é preciso um modelo de implementação, pois a eliminação de cronogramas e regras pode levar ao caos e à perda da autoridade de liderança dos líderes, o que, por sua vez, pode levar à desmotivação, à insatisfação coletiva e ao declínio produtividade.
Nessa abordagem, a liderança é crucial porque deve orientar os processos do grupo de maneira inteligente, lógica, mas compassiva. As decisões serão tomadas com base neles, por isso é fundamental que, apesar de sua horizontalidade, todos entendam que devem se reportar a um indivíduo específico.