Ao mesmo tempo que o avanço tecnológico produz soluções que otimizam muitos processos utilizados pelos setores varejista e industrial, ele também pode ser utilizado para fins maléficos. A prova disso pode ser encontrada nos ataques cibernéticos mais comuns e variados que têm o potencial de causar danos irreparáveis às empresas. Investir em ferramentas de gerenciamento e segurança cibernética altamente eficazes é a solução.
Essa necessidade se tornou ainda mais crucial na atual situação global, quando quase todas as organizações tiveram que fazer a transição para trabalhar em casa, pelo menos até certo ponto. A questão é que a infraestrutura de segurança necessária nem sempre está presente nesse cenário.
O resultado final, combinado com o uso de métodos mais sofisticados pelos criminosos, ajuda a explicar por que 275 milhões de ameaças foram relatadas no Brasil de janeiro a novembro de 2020. Esse número representa um aumento de 394% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo pesquisa feita pela Apura, empresa especializada em segurança da informação.
O fato é que o aumento de eventos expressivos – sejam eles ocorridos principalmente no ambiente de trabalho ou em casa – gerou um sinal para a necessidade de estar atento à segurança dos dados da rede.
O que é segurança cibernética e por que ela é tão crucial?
A segurança cibernética envolve principalmente técnicas criadas para oferecer suporte à integridade de uma coleção de componentes, incluindo máquinas, computadores, servidores, sistemas, bancos de dados e arquiteturas de rede.
Além disso, é importante ter em mente que a estratégia de segurança pode ser dividida, o que facilita abordar os aspectos exclusivos de cada categoria. Isso significa que é comum ter um nível de segurança cibernética dedicado exclusivamente à proteção de sistemas, enquanto outro é usado para proteger aplicativos, por exemplo.
Existem muitos fatores que sustentam a necessidade de fortalecer e melhorar os protocolos de segurança cibernética. À medida que o Big Data cresce, por exemplo, cresce também a preocupação com todas as medidas efetivas para melhorar a qualidade e o controle dos dados pessoais armazenados e usados pelas empresas.
Com esse objetivo em mente, o governo brasileiro até criou uma nova lei chamada Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Todo esse cuidado é necessário porque várias coletas de dados podem ser adequadamente coletadas, classificadas e analisadas para produzir informações valiosas para vários departamentos dentro de uma organização.
Além disso, dada a expansão, os inúmeros alvos e a ampla gama de ameaças virtuais agora conhecidas, é óbvio que a rede de proteção precisa ser extensa. Os métodos utilizados pelos hackers maliciosos são modificados de acordo com a tecnologia disponível e as necessidades dos criminosos, que vão desde o perigoso Cavalo de Tróia ao ataque ransomware.
Quanto dinheiro é gasto anualmente tentando combater o cibercrime?
É preciso agir estrategicamente para se proteger contra tentativas de interceptação e uso não autorizado de dados, obtidos por meio de e-mails falsos ou invasões por meio de furos em sites ou aplicativos. Como resultado, também é necessário ter soluções para suportar o ritmo das inovações maliciosas.
Corporações de pequeno, médio e grande porte devem prever um alojamento de recursos financeiros para tal, de modo a implantar toda a base de proteção necessária. E foi isso que aconteceu. Segundo previsão da consultoria Gartner, os investimentos globais em segurança cibernética devem ultrapassar US$ 150 bilhões até 2021, um aumento de 12,4%. Para fins de comparação, o número registrado em 2020 foi de apenas 6,4%.
Quais são os efeitos da falta de segurança nas pessoas e nas empresas?
Os danos (não apenas financeiros) para o público em geral, bem como para as empresas, são muito significativos. Em primeira instância, a perda de dados pessoais e senhas pode abrir caminho para fraudes financeiras em sites ou aplicativos móveis de instituições bancárias. Isso combinado com uma propensão a sofrer com a criação de perfis online falsos.
A probabilidade de danos financeiros às organizações geralmente é causada por ransomware. Caracterizada pelo “sequestro” de registros, a prática exige o pagamento de valores exorbitantes para liberação dos documentos. Detalhe: o cumprimento da condição não garante o retorno dos dados, o que poderia resolver o problema.
Outra mudança provocada pelos ataques a contratos relacionados a serviços foi sentida pelas empresas (Distribuir Denial-of-service ou simplesmente DDoS). Neles, ocorre um aumento no fluxo de dados sintáticos, fazendo-o parar. Como você pode ver, há uma chance muito real de que o fluxo operacional da empresa seja interrompido enquanto o problema não for resolvido.
Por fim, negligenciar a segurança cibernética coloca em risco a reputação e a imagem da organização no mercado em geral, perante parceiros, clientes, fornecedores e outros terceiros.
Quais são os alicerces que garantem o sucesso da AIoT?
Na realidade, a Inteligência Artificial das Coisas (AIoT) não terá sucesso sem segurança e privacidade. Há muita inteligência interativa em torno da visão emergente de um mundo hiperconectado. Bens físicos e infraestrutura não são menos objetos. São coisas sensíveis que podem, em muitos casos, entender e até prever as intenções humanas, ajustando-se às circunstâncias e características da área circundante.
A AIoT não apenas conecta coisas; também participa ativamente dos negócios e da vida privada. E nessa situação, as pessoas devem confiar na segurança de um produto ou solução conectada antes de compartilhar seus dados privados.
Portanto, manter níveis apropriados de privacidade e segurança é a chave para liberar todo o potencial da Internet das Coisas. Exemplos recentes de violações de segurança relacionadas à AIoT suportam esse ponto de vista. A promessa de “tudo conectado” é prejudicada pelo desafio igualmente assustador de proteger bilhões de dispositivos que muitas vezes não são projetados ou configurados para operar com segurança quando conectados à Internet.
Uma ampla adoção de produtos conectados não será possível sem confiança na segurança, confiabilidade e proteção dos sistemas ciberfísicos.